Sérios incumprimentos no <i>Pingo Doce</i>

Uma acção de protesto, junto ao Pingo Doce, no Olivais Shopping, teve lugar, no dia 3, por iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal. O CESP/CGTP-IN tem realizado acções semelhantes noutras localidades. No Algarve, por exemplo, estavam previstas iniciativas para ontem, em Faro, Portimão e Tavira, e outras foram já realizadas em Vila Real de Santo António, Loulé e Albufeira.
No comunicado que tem sido distribuído aos clientes, o sindicato alerta para o desrespeito de direitos laborais nos estabelecimentos, que fazem parte do Grupo Jerónimo Martins. Em causa estão retroactivos salariais, de Janeiro a Abril de 2008, mas também o impacto da legislação sobre parentalidade e sobre alteração de horários. O comportamento patronal contraria mesmo recomendações da ACT, salientou o sindicato.
O CESP, que critica as «pouco credíveis» avaliações profissionais, também rejeita a aplicação da adaptabilidade «sem respeito pelas normas em vigor»; a exigência de compensação por trabalho não prestado aos domingos e feriados; prémios atribuídos «com discriminações pontuais»; marcação de férias sem ouvir e atender às pretensões dos trabalhadores; o fim do subsídio de domingo a quem tem contratos a tempo parcial; a imposição do trabalho durante todo o dia de domingo e a falta de reclassificação profissional.

Encontro Nacional

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, APED, quer «acabar com a saúde e a vida familiar, social e cultural dos trabalhadores», acusou, dia 2, a Direcção Nacional do CESP, que convocou, para a próxima segunda-feira, um Encontro Nacional de Dirigentes e Delegados Sindicais da Grande Distribuição, na Casa do Alentejo, a partir das 14.30 horas.
Salientando, como exemplo, uma situação detectada em que uma trabalhadora ficou encerrada na loja do Pingo Doce, em Torres Vedras, depois de ter terminado o seu horário de trabalho, o CESP repudiou a proposta da associação patronal, de aumentos salariais de um por cento, para este e o próximo ano.
A APED também pretende «fixar, de véspera, as 10 ou 12 horas do dia seguinte, aumentar o horário semanal de trabalho, de 40 para 50 horas, introduzir a possibilidade de uma adaptabilidade horária laboral que poderá compreender 12 horas por dia e 60 semanais». Criar um «banco de horas» e «alargar ainda mais a precariedade» são outros objectivos da APED, repudiados pelo sindicato.


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